Em 1º de janeiro de 2020, entrará em vigor a regulamentação IMO 2020, através da qual a Organização Marítima Internacional (OMI) pretende reduzir as emissões poluentes de enxofre dos navios, prejudiciais à camada de ozônio. A dúvida que surge entre os importadores é se essa norma afetará o custo do frete de mercadorias.
A regulamentação IMO 2020 estabelece que os navios não podem usar combustível com mais de 0,5% de enxofre. Atualmente, o limite é de 3,5%. Desde 1960, a OMI trabalha para reduzir os impactos do transporte marítimo no meio ambiente, mas somente em 1997, com a assinatura do VI Convenio Internacional MARPOL, começou a se controlar as emissões. Agora, um passo importante é dado com a entrada em vigor da regulamentação IMO 2020.
Como as companhias de navegação irão lidar com a regulamentação IMO 2020?
A OMI não estabeleceu uma fórmula exclusiva para que as companhias de navegação possam cumprir com a regulamentação IMO 2020, portanto, cada uma pode adotar a solução que considerar mais conveniente:
No Bull Importer, estamos cientes de que qualquer modificação nas regulamentações relacionadas à importação preocupa nossos clientes. Nossa missão é mantê-los informados sobre as mudanças na legislação.
- Usar combustível com um teor máximo de enxofre de 0,5%.
- Utilizar um combustível com maior concentração de enxofre em combinação com um sistema de limpeza que filtra os gases antes de serem emitidos na atmosfera.
- Abastecer com outros tipos de combustíveis, como gás natural liquefeito (GNL) ou biocombustível.
Cada uma dessas alternativas tem suas vantagens e desvantagens para as companhias de navegação. No primeiro caso, o mais econômico e simples de implementar, pode fazer com que a disponibilidade limitada de combustível com baixo teor de enxofre se torne mais cara devido ao aumento da demanda. Nos outros dois casos, o custo é determinado pelas modificações necessárias na infraestrutura.
Por esses motivos, algumas companhias de navegação consideram fazer um investimento inicial mais alto para adaptar suas embarcações, o que pode ser mais rentável a longo prazo.
Essas mudanças afetarão os importadores?
Ainda é cedo para determinar se a regulamentação afetará o custo do transporte marítimo internacional. Existe a possibilidade de que os fretes fiquem mais caros devido a sobretaxas, embora tudo indique que isso não representará um custo excessivo para os importadores. Em qualquer caso, o transporte marítimo ainda será mais rentável do que importar mercadorias por via aérea, como ocorre na maioria dos casos atualmente.
Até o momento, as companhias de navegação aplicam sobretaxas com base na flutuação dos preços do combustível. Essas sobretaxas geralmente são calculadas com base em diferentes índices de referência:
- BAF (Bunker Adjustment Factor)
- EBS (Emergency Bunker Surcharge)
- BUC (Bunker Contribution)
- BRC (Bunker Recovery Cost)
Também existe a possibilidade de que sejam aplicados outros índices para se adequarem à norma, como:
- MFR (Marine Fuel Recovery)
- FAF (Fuel Adjustment Factor)
- GFS (Global Fuel Surcharge)
- OBS (ONE Bunker Surcharge)
- ERS (Emergency Risk Surcharge)
Até o momento, não foi observado um aumento significativo nos custos de frete, e a logística de importação permanece inalterada. De acordo com essa tendência, não deverá haver consequências econômicas diretas para os importadores.
Teremos que esperar que a regulamentação entre em vigor para analisar seus efeitos com precisão. No entanto, na pior das hipóteses, o aumento não será considerável, e importar da China ainda será rentável.
Se você está pensando em importar da China ou de outro país asiático, não hesite em entrar em contato com a Bull Importer. Nós o aconselharemos em todas as etapas da importação.