Importar mercadorias da China e fazer turismo será possível no trem mais longo do mundo

O comboio de mercadorias que cobre mais de 13.000 quilômetros entre Madrid e Yiwu (China) inaugurou a linha ferroviária mais longa do mundo há dois anos. Em breve, poderia adicionar um vagão turístico para passageiros, além de importar mercadorias da China. Dessa forma, a China e a Espanha encurtariam distâncias por via terrestre tanto para os importadores quanto para os viajantes de ambos os países. O primeiro comboio de mercadorias China-Espanha partiu de Yiwu em 18 de novembro de 2014, há pouco mais de dois anos. A viagem durou 18 dias. Conhecido como o comboio da Rota da Seda, em referência às históricas viagens ao Extremo Oriente em busca do precioso tecido, o comboio de carga mais longo do mundo pretende incorporar um vagão turístico seguindo o exemplo europeu do Interrail, que atravessa vários países em um percurso eminentemente turístico. A Rota da Seda encurta tempos, mas o navio é o meio mais utilizado devido ao seu custo e à maior frequência. Foi isso que Mao Wenjing, presidente da Fundação para a Intercâmbio entre Yiwu e Espanha (FIYE), destacou em sua recente visita à Espanha. Embora o comboio seja projetado para o transporte de mercadorias, Mao Wenjing observou o interesse de muitas pessoas em usá-lo para viajar pelos oito países que ele percorre. Para realizar esse ambicioso projeto, seria necessário aumentar a frequência e a quantidade de viagens. Desde o seu início, o comboio realizou 76 trajetos de Yiwu a Madrid, um número significativamente maior do que o número de trajetos no sentido oposto. Isso reflete o interesse de nossas empresas em importar mercadorias da China e de outros países asiáticos, já que veem nesse tipo de operação uma maneira vantajosa de obter qualidade a um bom preço. O comboio representa uma via alternativa de comunicação em relação às travessias marítimas e aéreas para importar mercadorias da China. Por um lado, é possível encurtar quase pela metade o tempo que os contêineres levam para chegar ao destino e, por outro, evitam-se os estreitos do sudeste asiático, bem como a travessia do Canal de Suez, sem esquecer que o transporte aéreo nem sempre é possível devido aos seus custos. Se considerarmos o custo e a rapidez na entrega, ele se encontra a meio caminho entre o transporte marítimo e o aéreo. A desvantagem é que suas frequências são espaçadas, pois o transporte só é organizado quando todos os vagões estão cheios.

O navio, o meio mais utilizado para importar mercadorias da China

O meio mais escolhido atualmente é o navio, pois, embora seja um pouco mais lento, é mais econômico na maioria dos casos. A Bull Importer gerencia o meio de transporte mais adequado para importar mercadorias da China e de outros países asiáticos, escolhendo sempre o mais econômico, confiável e seguro. Uma das chaves do transporte marítimo é escolher o incoterm (modelo padronizado de contrato para comércio internacional) mais adequado. Embora incoterms multimodais possam ser usados para operações de qualquer tipo, existem quatro modalidades para o transporte marítimo: FAS, FOB, CFR e CIF.

  • FAS (Free Alongside Ship). Sua utilização mais frequente é o transporte de mercadorias a granel, que é colocado no cais ao lado do navio. O comprador assume os riscos desde o momento em que a mercadoria é colocada no cais. Além disso, ele deve contratar o transporte e assumir os custos de carga, estiva, frete, descarga e trâmites de importação.
  • FOB (Free On Board). É geralmente usado para o transporte de mercadorias que não viajam em contêineres, mas sim em paletes, tambores, caixas ou fardos. Neste sistema, é o vendedor quem cuida da contratação do transporte e da gestão dos trâmites aduaneiros de exportação. O comprador assume os custos de frete, descarga e aduana de importação.
  • CIF (Cost, Insurance and Freight). É um dos mais utilizados no transporte internacional, embora seja limitado ao transporte marítimo ou fluvial exclusivamente. Neste caso, o vendedor gerencia todos os trâmites necessários para a exportação, incluindo o seguro obrigatório da mercadoria. O comprador cuida das taxas de importação, descarga e trâmites aduaneiros.
  • CFR (Cost and Freight). Semelhante ao sistema CIF, mas sem a obrigação de contratar um seguro (embora seja recomendável).

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