A demanda por trigo sarraceno ou alforfão está ganhando terreno como uma alternativa saudável a outros cereais devido às suas propriedades nutritivas. O aumento do interesse por esta espécie fica evidente no aumento do volume de importação de trigo sarraceno, tanto para consumo humano quanto para alimentação animal ou adubação verde. O trigo sarraceno ou alforfão é uma planta anual de rápido crescimento cultivada como fonte de alimento e adubo. É uma espécie resistente com múltiplos usos: brotos tenros, folhas verdes e grãos. Estes últimos são usados para a produção de farinhas para consumo humano e na alimentação do gado. A importação de cereais tem um grande peso na indústria alimentícia devido ao seu valor estratégico, uma vez que os cereais são a base da alimentação humana.
Vantagens do trigo sarraceno na alimentação
A planta é um pseudocereal nativo do oeste da China, do Tibete e do leste da Índia. Na Ásia, portanto, estão os maiores produtores e exportadores desse cultivo, que desperta um interesse crescente na Europa. O trigo sarraceno recebe diferentes nomes conforme a região (alforfão, trigo árabe, trigo cabruno, trigo morisco, grão turco, trigo-fava ou fajol), mas há acordo de que se trata de um alimento saudável que pode ajudar a mitigar doenças cardiovasculares, combater a hipertensão, o colesterol, a obesidade e o diabetes. Estudos recentes têm observado uma relação entre o consumo de trigo sarraceno e menores aumentos nos níveis de açúcar no sangue, melhores valores de pressão arterial e de colesterol. Além disso, é adequado para pessoas com doença celíaca, pois não contém glúten. Devido a todas essas qualidades, o trigo sarraceno tornou-se uma alternativa aos outros cereais, o que está levando a um aumento na demanda por alforfão nos países desenvolvidos, preocupados com a alta incidência de doenças cardiovasculares e obesidade na população.
Necessidades de importação de trigo sarraceno
Atualmente, a China produz 55% do total mundial desse cultivo, perfilando-se como a melhor opção para a importação de trigo sarraceno a preços competitivos. Não se deve esquecer que, na Espanha, o balanço comercial de cereais em geral é negativo, uma vez que a produção nacional não atende às necessidades internas de consumo humano e à crescente indústria de fabricação de ração animal. A necessidade de abastecer o mercado interno faz com que muitas empresas espanholas tenham interesse nos mercados internacionais para suprir o déficit de produção por meio da importação de cereais. De fato, o comércio internacional de cereais tem um grande peso no setor agrícola, tanto em termos de volume e número de transações comerciais quanto em seu valor estratégico, uma vez que os cereais são a base da alimentação humana. A previsão para o comércio mundial de cereais em 2016/17 supera os 365 milhões de toneladas. Apenas na Espanha, o déficit médio de cereais nas últimas cinco safras é de 10 milhões de toneladas.